quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Comando Nacional avalia vitórias da Campanha 2010 e define próximas lutas

Em reunião ocorrida nesta terça-feira, dia 7, em Belo Horizonte, o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, avaliou positivamente a Campanha 2010. Para os dirigentes dos sindicatos e federações, a greve mais forte dos últimos 20 anos arrancou o maior aumento real, valorização do piso, elevação da PLR e cláusulas de combate ao assédio moral e de melhoria da segurança bancária, além de vitórias nos acordos específicos com os bancos públicos. Os participantes também definiram encaminhamentos para organizar as próximas lutas.

Clotário Cardoso, presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, saudou a realização do encontro na capital mineira. "Nós nos sentimos gratificados e honrados em sediar a última reunião do ano do Comando Nacional para avaliar a campanha vitoriosa que fizemos", destacou.

"É importante receber companheiras e companheiros de todo Brasil para avaliar as conquistas e os avanços da campanha deste ano, frutos da força da greve e da mobilização nacional da categoria", frisou Magali Fagundes, presidenta da Fetraf-MG.

Para a Contraf-CUT, foi uma campanha vitoriosa

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, fez uma apresentação sobre a organização, a mobilização e os resultados positivos da Campanha 2010. Ele salientou a importância da participação da categoria desde a construção da pauta de reivindicações e a definição das prioridades, valorizando a democracia e a unidade nacional.

"Foi importante o grau de unidade entre os sindicatos e federações, inclusive com entidades que ainda não integram o Comando Nacional, o que foi fundamental para potencializar o movimento e garantir as vitórias", destacou o presidente da Contraf-CUT. "Demos, assim, mais um passo rumo à mesa única de negociações".

"Nós precisamos avaliar o modelo de greve. Apesar do fechamento de 8.280 agências de bancos públicos e privados, o que significa 1.000 unidades a mais em relação ao ano passado, não é possível que clientes de alta renda continuem entrando em agências paralisadas, enquanto que os demais não são atendidos, como aconteceu em várias dependências", alertou Carlos Cordeiro.

O coordenador do Comando Nacional apontou também o cenário da campanha: crescimento econômico, bons acordos de outras categorias, eleições gerais e crise no exterior. Ele enfatizou a importância do processo de contrução da campanha com as consultas aos bancários e a pesquisa nacional; a definição dos temas centrais pelo Comando; as conferências regionais, a conferência nacional e as assembleias dos sindicatos para a aprovação da minuta de reivindicações.

Carlos Cordeiro ainda salientou o acerto da estratégia de campanha unificada, o acerto do calendário de negociações (Fenaban e bancos federais), assembleias e greve, o acerto da transversalidade de gênero nos temas da campanha e o acerto da mobilização nos bancos públicos e privados. "A unidade nacional, a mídia unificada, a divulgação interna e externa e a importância das mesas temáticas também contribuíram, e muito, para os resultados positivos que conquistamos", ressaltou.

O presidente da Contraf-CUT exibiu gráficos, mostrando que até 2003 os bancários vinham obtendo reajustes abaixo da inflação de cada ano. "Com a campanha unificada a partir de 2004, os bancários abriram um novo ciclo e passaram a acumular aumentos reais de salário, bem como a valorização do piso e a elevação da PLR, melhorando a renda do trabalhador", declarou. "Além disso, obtivemos conquistas sociais em 2010, como a cláusula de combate ao assédio moral e de melhoria da segurança bancária", completou.

As conquistas das mesas específicas dos bancos públicos também foram destacadas. "Obtivemos avanços no BB, como a elevação do piso e a implantação da carreira de mérito, assim como na Caixa aumentamos o piso e arrancamos a PLR social de 4% do lucro de forma linear, passando a ser a única instituição financeira que distribui até 19% do lucro para os trabalhadores", frisou. "Acompanhamos ainda as negociações com os demais bancos públicos, garantindo importantes conquistas, e a Contraf-CUT assinou pela primeira vez acordo coletivo com o BNDES", acrescentou.

"Quero agradecer e parabenizar mais uma vez todos os dirigentes sindicais e os bancários de todo Brasil, que se uniram e fizeram acontecer a Campanha 2010 e, juntos, conquistamos importantes vitórias para a categoria e a classe trabalhadora", concluiu Carlos Cordeiro.

Mais avaliações de campanha vitoriosa

Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que desempenhou papel de destaque no processo de negociação, fez também uma avaliação positiva da Campanha 2010. "Os resultados econômicos falam por si: conquistamos o maior aumento real dos últimos anos", afirmou.

"O aumento do piso tem reflexo não somente para quem ingressa no banco, mas também para o salário do caixa e do primeiro comissionado, além de contribuir efetivamente para melhorar a remuneração das mulheres, cujos vencimentos são menores que os dos homens", apontou.

Ela explicou que o reajuste de 7,5% somente para quem recebia até R$ 5.250 foi uma proposta da Fenaban. "O reajuste diferenciado não foi uma reivindicação dos bancários", disse. Juvandia também frisou os ganhos dos bancários no BB e na Caixa, reforçando o acerto da campanha unificada.

Eduardo Navarro, diretor da Federação dos Bancários da BA-SE, elogiou a atuação do Comando Nacional e destacou a unidade do movimento. "Acertamos a data da greve, deflagrada no dia 29 de setembro, que permitiu aprofundar a organização e a unidade da categoria", disse. "Precisamos seguir apostando na possibilidade de construir uma única mesa de negociação", enfatizou.

Aparecido Donizete Roveroni (Cidão), diretor da Federação dos Bancários de SP-MS, também parabenizou a atuação do Comando Nacional e de todos os sindicatos e federações, "o que garantiu uma greve forte e vitoriosa". Ele destacou que "os juízes concederam menos interditos proibitórios em 2010 do que em anos anteriores". Cidão defendeu igualmente uma única mesa de negociação.

Antonio Pirotti, secretário de Assuntos Sócioeconômicos da Contraf-CUT, ressaltou o crescimento da greve, envolvendo mais bancários em todo país, sublinhando dentre as conquistas a valorização do piso. "A estratégia de negociações gerais e específicas concomitantes é correta e não está esgotada", avaliou. Ele defendeu a busca da participação de todas as entidades sindicais no Comando Nacional e a unidade na ação. Pirotti também destacou os avanços nos acordos com os bancos públicos.

Cássio Ricardo Marques, diretor do Sindicato dos Bancários de Florianópolis, também reforçou a força da mobilização. "Foi uma campanha complexa. Muitos bancários aderiram à greve, enquanto outros ficaram trabalhando. A proposta da Fenaban superou expectativas, especialmente o índice de reajuste do piso. Reconhecemos os avanços, mas precisamos analisar os problemas para melhorar no ano que vem", analisou.

Encaminhamentos

Os integrantes do Comando Nacional aprovaram um conjunto de encaminhamentos, que apontam para a continuidade da luta dos bancários em 2011, buscando novas conquistas. "A retomada das mesas temáticas e permanentes é uma das principais definições, com a finalidade de melhorar as condições de trabalho e avançar nas questões específicas em cada banco", destacou Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

Veja as definições do Comando Nacional

1. Realização do Encontro Nacional de Dirigentes Sindicatos (9, 10 e 11 de fevereiro, em São Paulo) para organizar o processo de negociação permanente e definir as prioridades em cada banco público e privado;

2. Retomada das mesas temáticas com a Fenaban (saúde e condições de trabalho, segurança bancária, terceirização e igualdade de oportunidades);

3. Assinatura de acordos coletivos entre os sindicatos e os bancos sobre a cláusula de prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que visa ao combate ao assédio moral;

4. Assinatura de acordos entre os sindicatos e os bancos sobre a cláusula de reabilitação profissional;

5. Retomada das mesas permanentes com todos os bancos públicos e privados, procurando novas conquistas para as questões específicas;

6. Retomada do debate sobre o sistema financeiro que queremos.

7. Continuidade da luta pelo emprego.

Ato em homenagem aos que lutaram contra ditadura

Ao final, a Contraf-CUT chamou os integrantes do Comando Nacional e todos os sindicatos e federações a participarem do ato público a ser realizado pela CUT na próxima segunda-feira, dia 13, no Rio de Janeiro, em homenagem aos combatentes da ditadura, no dia de aniversário do famigerado AI-5.

O objetivo é reafirmar a importância da luta de toda uma geração, que nos trouxe até o processo de mudanças que vivemos hoje no Brasil. A intenção é se contrapor ao discurso de direita, muito utilizado pela campanha de José Serra e que agora recrudesce em alguns setores da sociedade.

Parte desse discurso tenta transmitir às novas gerações que a luta contra a ditadura foi obra de "terroristas", "ladrões" e outros adjetivos que tentam desqualificar a luta e apagar a história. Discurso que ganhou manchete na Folha de S. Paulo, empresa que contribuiu com a ditadura militar e que a chamou recentemente de "ditabranda".

É preciso resgatar a história da luta contra a ditadura e aprofundar a construção da democracia.


Fonte: Contraf-CUT

domingo, 10 de outubro de 2010

Apesar de nova proposta, greve continua nesta segunda feira (11/10)

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários neste sábado (9/10), nova proposta que inclui reajuste de 9,82% para o piso salarial, 6,5% de reajuste para quem ganha até R$ 4.100 (e um valor fixo de R$ 266,50 para os salários superiores a esse valor). Propôs também 6,5% de reajuste para a PLR e todas as verbas salariais e auxílios.

Para o Comando Nacional, é inaceitável o teto de R$ 4.100. Isso significa que quem ganha acima de R$ 6.212 terá reajuste abaixo da inflação do período. O Comando considera insuficiente o índice de reajuste do piso da categoria em 9,82% e considera muito rebaixado índice de reajuste de 6,5% sobre a PLR, pois é preciso que os bancos aumentem a distribuição da PLR em relação ao ano passado, mediante a alta lucratividade dos bancos.

A Fenaban pediu a suspensão temporária das negociações e a retomada ficou agendada para segunda-feira, dia 11, às 11h, e se sinalizaram que apresentarão proposta sobre assédio moral e segurança bancária.

A greve continuará nesta segunda-feira em toda região de Jundiaí e a tendência é de que outras agências venham a aderir. A greve dos bancários já é considerada uma das maiores das última duas décadas.

Protesto contra pedido de prisão de dirigentes

O Comando Nacional fez um protesto veemente à Fenaban contra a postura do Itaú de solicitar a prisão do presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília. Rodrigo Britto é membro do Comando Nacional. Outros bancos estão fazendo a mesma coisa contra dirigentes sindicais e trabalhadores em greve em vários Estados. O Comando disse que a prática antissindical é inaceitável em uma sociedade democrática onde o direito de greve está assegurado na Constituição.

Negociações nos bancos públicos federais

Devido as negociações com a Fenaban na segunda-feira, às 11h, as reuniões sobre as pautas específicas do Banco do Brasil e da Caixa não acontecerão mais às 10h. Serão realizadas ao final das negociações com a Fenaban.

A nova proposta da Fenaban

Novo piso salarial: R$ 1.180 (reajuste de 9,82%)
Reajuste de salários: 6,5% até R$ 4.100.
Reajuste para salários acima de R$ 4.100: R$ 266,50 fixos.
PLR: reajuste de 6,5%, tanto para a regra básica quanto para o adicional.
Reajuste dos benefícios e verbas salariais: 6,5%.


Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região com informações da Contraf-CUT

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sexto dia de greve em Jundiaí tem novas adesões

No sexto dia de greve da categoria, houve a ampliação do movimento com a adesão de novas agências do Itaú, HSBC e Citibank. Portanto, já são mais de cincoenta agências paralisadas em toda a região de Jundiaí. A greve continua forte, destacando o BB e Caixa, onde praticamente 100% dos funcionários cruzaram os braços.

Algumas agências do Itaú reabriram, fruto da intransigência dos banqueiros que apelam para medidas jurídicas para atrapalhar o movimento. Apesar deste fato, os funcionários destes bancos estão conscientes de que a paralisação poderá retornar a qualquer momento.

“A greve está se expandindo e é possível que chegue a paralisar todas as agências em algumas cidades. Em toda a região, a greve já tem adesão de aproximadamente 1.000 bancários”. – comenta Paulo Santos Mendonça, presidente do Sindicato.

Até sexta-feira (01/10), já eram quase 6.500 agências paralisadas em todo o país. Foram fechadas agências nos 26 Estados e no Distrito Federal, além de dezenas de centros administrativos de todos os bancos nas capitais.



O que os bancários reivindicam


● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bancários de Jundiaí e Região rejeitam proposta da Fenaban e aprovam greve à partir do dia 29/09

Com 91,3% dos votos dos bancários presentes, a assembléia realizada na noite de hoje (28/09) na Sede do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, rejeitou a proposta da Fenaban que oferece índice de reajuste salarial de 4,29% e aprovou greve por tempo indeterminado à partir do dia 29 de setembro (quarta-feira).

A proposta oferecida pela Fenaban repõe apenas a inflação do período e não garante o aumento real de salários. Além disso, os banqueiros não apresentaram propostas sobre os diversos temas, tais como Saúde, Segurança, Emprego e Condições de Trabalho, principalmente no que diz respeito ao Assédio Moral e Metas Abusivas.

“Frisamos que os seis maiores bancos lucraram mais de R$20 bilhões apenas no primeiro semestre de 2010. A proposta apresentada pela Fenaban, além de repor apenas a inflação, não garante aumento real de salários e ignora temas importantes como as Metas Abusivas e o Assédio Moral”. – comenta Paulo Santos Mendonça, presidente do Sindicato.

Veja as principais reivindicações dos bancários:

● 11% de reajuste salarial

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas e fim das terceirizações.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de carreira, cargos e salários (PCCS) em todos os bancos.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Caixa não apresenta avanços e bancários se preparam para a greve

A Caixa Econômica Federal manteve a posição intransigente das últimas reuniões e não apresentou nenhuma novidade na negociação com o Comando Nacional dos Bancários nesta quinta-feira, 23, em São Paulo. O banco apresentou um documento, afirmando que irá cumprir os itens econômicos da Fenaban e propondo a renovação de algumas cláusulas do atual Acordo Coletivo.

"A proposta está muito aquém do esperado pelos empregados da Caixa. Há várias questões específicas que não estão contempladas, como a questão do piso, que também está na mesa com a Fenaban, questões de isonomia, especificamente licença-prêmio e anuênio, pontos relativos ao PFG, como a discriminação aos empregados que optaram por permanecer no REG/Replan não saldado, o processo de promoção por mérito do ano passado e o ticket dos aposentados", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que assessora o Comando nas negociações com o banco.

Sobre estes pontos, o banco voltou a se negar a discutir os temas relativos à isonomia, afirmando que irá acompanhar as decisões do governo federal e seguir a legislação em discussão no Congresso Nacional. Os negociadores da Caixa também mantiveram sua intransigência e reafirmaram a manutenção da discriminação dos empregados que permanecem no REG/Replan não saldado.

"Estes pontos são importantes para os empregados e o banco não está dando o devido valor. A Caixa parece estar apostando no confronto com a categoria, empurrando os bancários para a greve. É o momento de mostrar nossa força com uma mobilização intensa em todo o país", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e empregado da Caixa.

Também presente à negociação, o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, cobrou do banco mudança na sua postura e que trabalhe para a construção de uma proposta satisfatória na mesa unificada com a Fenaban.

"Os bancos desrespeitaram os bancários na negociação de quarta-feira, 22, ao não apresentarem proposta de reajuste acima da inflação. A Caixa tem um peso importante na Fenaban e têm como fazer a mesa andar. Até dia 27, os bancos podem apresentar nova proposta, mas, se não vier, estamos preparados para deflagrar nas assembleias do dia 28 uma greve nacional a partir do dia 29 ainda mais forte que a dos anos anteriores", finaliza.

Fonte: Contraf-CUT

Justiça da Bahia condena Bradesco por proibir que funcionários usem barba

A Justiça do Trabalho condenou o Banco Bradesco S/A por discriminação estética pela proibição do uso de barba pelos empregados. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (23), depois que a 7ª Vara do Trabalho de Salvador negou recurso do banco. A condenação, em primeira instância, foi baseada em ação civil pública ajuizada em 2008 pelo Ministério Público do Trabalho. Agora o Bradesco poderá recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho.

De acordo com a sentença, o Bradesco deve pagar R$ 100 mil de indenização por dano moral coletivo. O valor deve ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Para o juiz Guilherme Ludwig, o veto à barba fere a Constituição, que garante que "são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

Segundo mencionado na sentença, a defesa do banco alegou que uma pesquisa realizada por um site de seleção apontou que competência e aparência estão entre traços mais importantes para o sucesso profissional e que a maioria dos entrevistados declararou que a barba "piora a aparência e/ou charme".

O juiz afirmou que o levantamento foi feito apenas no âmbito dos executivos, "público que não se confunde com o do brasileiro médio".

Juiz cita personalidades que usam barba

Ele citou o presidente Lula como um homem que usa barba e foi tido como confiável em pesquisa sobre personalidades brasileiras publicada neste ano por um jornal de circulação nacional. Ludwig mencionou ainda Jesus Cristo, John Lennon, Machado de Assis e Charles Darwin.

O juiz considerou que o veto ao uso de barba por funcionários é "conduta patronal que viola inequivocamente o direito fundamental à liberdade de dispor de e construir a sua própria imagem em sua vida privada".

A sentença também determina que o banco divulgue em jornais da Bahia e na TV mensagens dizendo que alterou seu "Manual de Pessoal", para excluir a proibição. Procurado pelo G1, o Bradesco informou, por meio de sua assessoria, que não comenta o processo, que ainda está sub judice.


Fonte: G1

Bancos rejeitam os 11% e oferecem apenas 4,29%.


A Fenaban rejeitou nesta quinta-feira (22/09) a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, oferecendo reajuste de 4,29%, que corresponde apenas a reposição da inflação dos últimos 12 meses pelo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O Comando Nacional considerou a proposta um desrespeito aos bancários.

“Com o crescimento da economia e a alta lucratividade dos bancos no primeiro semestre, concluímos que a proposta oferecida é simplesmente indecente, pois repõe apenas a inflação do período.” – comenta Paulo Santos Mendonça, presidente do Sindicato.

Os representantes dos bancos voltaram a reafirmar na negociação desta quarta-feira que "o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto". Tal comentário já havia sido dito por Magnus Apostólico, dirigente da Fenaban, em jornal de grande circulação.

O Comando Nacional reafirmou que além das reivindicações das cláusulas econômicas (aumento real de salário, melhoria na PLR e valorização dos pisos), os bancários reivindicam melhores condições de trabalho e preservação da saúde, fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego.

O Comando Nacional enviará à Fenaban documento reafirmando a pauta de reivindicações da categoria, dando prazo até a segunda-feira (27/09) para apresentação de nova proposta.

O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região realizará assembléia no próximo dia 28 de setembro, para discussão da proposta oferecida e sobre os rumos da Campanha Nacional. Há possibilidade de greve já para o dia 29 de setembro, conforme orientação do Comando Nacional.


O que os bancários reivindicam

As principais demandas dos bancários são:

● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas e fim das terceirizações.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de carreira, cargos e salários (PCCS) em todos os bancos.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, com informações da Contraf/CUT e Fetec/CUT-SP

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Video da Final entre Bradesco Centro 2 e Itaú-Unibanco

Compacto da Final entre Bradesco Centro 2 e Itaú Unibanco, realizado no Rola Bola em Jundiaí no dia 04 de setembro de 2010.



Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

Agência do Itaú-Unibanco é interditada por falta de condições de trabalho


Os diretores do sindicato, Elvis Batholomeu, Gisele Bonati, Cláudia Barros, Silvio Rodrigues e Adelmo Sampaio, visitaram a agência do Itaú-Unibanco localizada na Rua do Rosário e constataram as precárias condições de trabalho devido as reformas que estão sendo realizadas na agência.

“A agência não tem condições de atender os clientes e usuários, pois há muita poeira, fios soltos, falta de iluminação e materiais espalhados por todos os lados. É inadmissível que o maior banco do país, coloque os clientes, usuários e funcionários perante estas condições”. – ressalta Gisele Bonati, funcionária do Itáu-Unibanco e diretora do Sindicato.

“Orientamos os funcionários para que fossem para outras agências, pois não há condições de trabalho e de atendimento. As obras estão sendo realizadas durante o expediente, inclusive a engenharia estará presente no dia de hoje para manutenção na fiação da agência”. – comenta Elvis Carlos Bartholomeu, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú-Unibanco.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Bradesco Centro 2 é campeão do Campeonato de Futebol Society 2010



No último dia 04, no Rola Bola em Jundiaí, o Bradesco Centro 2 sagrou-se campeão do Campeonato de Futebol Society 2010 com vitória eletrizante sobre o time do Itaú-Unibanco que estava invicto até a final*.

No primeiro tempo, a supremacia foi do time do Bradesco que abriu uma vantagem de quatro gols sobre o adversário, com três gols de Otávio e um gol de Denis.

O que parecia fácil para o Bradesco, tornou-se um pesadelo. No segundo tempo, o time do Itaú-Unibanco esboçou reação e fez três gols – dois de Diogo e um de Daniel. Mas o time do Bradesco acabou fazendo mais um gol com o artilheiro Denis e mais um de pênalti com o jogador Pio. O Itaú fez mais um gol com Diogo, mas já era tarde demais, e o Bradesco sagrou-se campeão, vencendo o jogo por 6 a 4.














Disputa do 3º lugar

Houve também, a disputa do 3º lugar, onde o time da CEF venceu o time do BB que jogou com apenas cinco jogadores. A CEF venceu o BB por 8 a 0, levando o troféu de 3º colocado do campeonato. Os gols da CEF foram marcados por Helio, Rafael, João Ricardo, Igor (2), Gabriel (2) e Lucas.













Artilheiro e goleiro menos vazado

O troféu de Artilheiro do Campeonato foi entregue a Denis (Bradesco Centro 2) que marcou 23 gols no campeonato.
Já o troféu de Goleiro Menos Vazado foi entregue a Willian (Itaú-Unibanco) que sofreu apenas 17 gols em todo o campeonato.











































Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

*(em breve estaremos disponibilizando o compacto em vídeo da Final entre Bradesco Centro 2 e Itaú-Unibanco)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Resultado da enquete sobre as Metas nos Bancos

Resultado da enquete realizada pelo Blog dos Bancários de Jundiaí e Região, mostra que a maioria dos bancários acham que as Metas impostas pelos bancos são impossíveis ou difíceis. Veja o quadro abaixo:

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lançamento da Campanha Nacional 2010 - Regional 2 da FETEC

Vídeo de lançamento da Campanha Nacional 2010 nas cidades de Jundiaí, Bragança Paulista, Limeira e Registro, além das principais reivindicações da categoria bancária. As atividades fazem parte das Caravanas organizadas pela Federação dos Bancários da CUT - FETEC/CUT-SP.




Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Campanha Nacional 2010: rodada sobre assédio moral termina em impasse


A primeira rodada de negociação do Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que aconteceu nesta terça-feira, 24/8, terminou com impasse sobre dois pontos. Na reunião, que discutiu assédio moral, sindicalistas e banqueiros não chegaram a um acordo sobre a questão da preservação dos nomes de envolvidos em casos de assédio moral e também a cerca da participação do movimento sindical na elaboração do conteúdo do material que será utilizado no Programa de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho.

Esses pontos e outros que foram discutidos no encontro já haviam sido tratados anteriormente nas três rodadas de negociação da mesa temática sobre saúde do trabalhado este ano. “Foi bastante positivo que essas discussões não partam do zero. Ficou claro que o acúmulo debatido nas mesas temáticas será o marco inicial das negociações, o que mostra a valorização por parte da Fenaban dessas reuniões”, afirma Luiz César de Freitas, o Alemão, presidente da FETEC-CUT/SP. “Entretanto, continuamos divergindo sobre os mesmos pontos e não conseguimos evoluir ainda”.

Mobilização - Por conta do impasse, a reunião de hoje foi suspensa para que o assunto seja debatido por cada sindicato para uma tomada de decisão conjunta. Enquanto isso, o Comando Nacional marcou para o dia 31 de agosto o Dia Nacional de Luta e orienta que cada entidade intensifique a mobilização em suas bases, com destaque para discussões sobre assédio moral, metas abusivas e segurança bancária.


Calendário de negociações

1º e 2/9 - Saúde do trabalhador e segurança bancária

8 e 9/9 - Emprego e condições de trabalho

15 e 16/9 - Remuneração



Fonte: Fetec/CUT-SP

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Seis maiores bancos lucram R$ 21,7 bilhões e batem recorde no 1º semestre


O lucro dos seis maiores bancos do Brasil superou os R$ 20 bilhões no primeiro semestre deste ano. Somados, os lucros líquidos do Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander, Caixa Econômica Federal e HSBC alcançaram a impressionante cifra de R$ 21,72 bilhões.

Esse valor supera em 15% o registrado no primeiro semestre de 2008 - antes da crise econômica mundial -, quando os mesmos seus bancos lucraram mais de R$ 18,8 bilhões. O montante deste ano também supera o do primeiro semestre de 2009 - R$ 16,84 bilhões - , período da crise, em 28,75%.

O recorde de lucro deve-se principalmente, como os próprios bancos divulgam, ao aumento do crédito, que é fruto direto do trabalho dos bancários. "A expansão do crédito só pode acontecer a partir do trabalho dos funcionários, que no seu dia-a-dia estão na batalha para vender aos clientes, muitas vezes sob pressão, os produtos do banco", ressalta a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. Ela lembra ainda que as cifras mostram que os bancos não só devem como podem atender com folga as reivindicações dos bancários na Campanha Nacional Unificada 2010.

Bradesco

O Bradesco divulgou lucro líquido recorrente de R$ 4,5 bilhões nesse primeiro semestre, voltando a bater seu próprio recorde histórico. O resultado supera em 12,13% o do primeiro semestre de 2009, quando o Bradesco lucrou R$ 4,02 bilhões. O patrimônio líquido do banco, em junho, alcançou R$ 44,2 bilhões, um crescimento de 18,9% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, também bateu recorde, com lucro líquido de R$ 6,4 bilhões no primeiro semestre. Foi o maior valor registrado nos seis primeiros meses do ano em toda a história do sistema financeiro nacional.

Esse montante superou em 29,6% o obtido no primeiro semestre de 2009, quando o Itaú Unibanco lucrou R$ 4,9 bilhões, seu recorde anterior.

Santander

O lucro líquido do Santander nesse primeiro semestre foi de R$ 3,5 bilhões. Esse resultado elevou o Brasil ao patamar de melhor mercado do banco, ao lado do país sede, a Espanha. Os dois países respondem, cada um, por 22% do resultado mundial do Santander.

No mesmo período do ano passado, o Brasil era o segundo melhor mercado do Santander, com lucro líquido de R$ 1,01 bilhão e uma participação de 18% do total, atrás apenas da Espanha, com 27%. A tendência, segundo o presidente do banco, Fábio Barbosa, é que o Brasil supere a Espanha já no próximo trimestre.

Caixa

No semestre, o lucro líquido da Caixa Federal atingiu R$ 1,7 bilhão, crescimento de 44,1% em relação ao mesmo período de 2009, quando o banco divulgou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão.

O excelente resultado deve-se em grande parte às operações de crédito, que cresceram 50,3% em comparação com o primeiro semestre de 2009.

Banco do Brasil

O lucro líquido do Banco do Brasil foi de R$ 5,1 bilhões nesse primeiro semestre de 2010. Isso representa crescimento de 27,85% em relação ao mesmo período de 2009. O valor só foi menor que o do Itaú Unibanco.

Novamente, o extraordinário crescimento foi motivado pelo aumento do crédito, como afirmou o próprio banco.

HSBC

A filial brasileira do banco inglês foi a que mais aumentou seus lucros no primeiro semestre em relação a igual período do ano passado. Os R$ 423 milhões registrados nos primeiros seis meses de 2010 são 70,8% maiores do que os R$ 247 milhões do primeiro semestre de 2009.


Fonte: Seeb São Paulo

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Lucro da Caixa atinge R$ 1,7 bi no semestre. Bancários cobram valorização


A ciranda financeira favorável aos bancos brasileiros – potencializada pela não aprovação do artigo 192 da Constituição Federal, que regulamenta o sistema bancário nacional – continua gerando lucros bilionários. O exemplo mais recente é o resultado alcançado pela Caixa Econômica no primeiro semestre de 2010. Divulgado nesta quinta-feira (12), o lucro líquido da empresa atingiu R$ 1,7 bilhão, montante 44,1% superior em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 1,158 bilhão).

“Diante desse extraordinário resultado, fruto do esforço dos empregados da Caixa, esperamos que a direção da empresa reconheça o trabalho dos empregados e sua parte no alcance desse desempenho e atenda as reivindicações da pauta da Campanha Nacional 2010, já entregue aos representantes do banco”, cobra Enilson da Silva, diretor do Sindicato e funcionário da Caixa.

No segundo trimestre do ano, a Caixa apresentou ganho de R$ 890 milhões, 14,5% maior que o número do ano passado (R$ 706 milhões). De acordo com comunicado enviado pelo banco, o resultado é fruto de uma expansão de crédito de 50,3% sobre junho do ano passado. O saldo em 31 de junho atingiu R$ 149,2 bilhões. Isso permitiu à instituição um ganho de 2 pontos percentuais de fatia de mercado, fechando o semestre com 9,75% do total do sistema financeiro.

O destaque foi o setor de habitação, responsável por mais de metade da carteira total, que avançou 58% em um ano, para R$ 86,9 bilhões. Com isso, a participação da Caixa em financiamento imobiliário chegou a 75,9% do mercado, um aumento de 3,4 pontos percentuais sobre junho de 2009.

Fonte: Com informações do G1, Valor Online e Reuters

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Bancários questionam venda de apólices de seguro no HSBC pelo caixa eletrônico

Além da venda de títulos de capitalização e seguros de proteção ao crédito, o HSBC irá também investir na venda de apólices de seguros aos clientes por meio do auto-atendimento. A novidade foi anunciada nesta quarta-feira, 11 de agosto, por Fernando Moreira, presidente da HSBC Seguros, ao Jornal Brasil Econômico.

Atualmente, nos casos da contratação de empréstimo pessoal, o serviço é oferecido ao cliente de forma casada. A venda é realizada no terminal de auto-atendimento mesmo sem a sua solicitação, sendo tal prática alvo de denúncias nos órgãos de defesa do consumidor. "É muito temerário contratar um serviço destes pelo caixa eletrônico, pois requer muitas informações e detalhamento de coberturas, o que necessita de um atendimento personalizado", alerta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

Outro problema que certamente acontecerá é o aumento no volume de reclamações diante da facilidade da contratação e extrema dificuldade no ressarcimento de sinistros, como já é comum nos casos de apólices de seguro.

Além do seguro ser um custo extra elevado na contratação do financiamento, os clientes reclamam das altas taxas de juros cobradas pelo banco. "O cliente contrata um serviço de garantia ao banco, então porque as taxas são tão altas?", questiona Miguel.

"Portanto, é fundamental que o cliente busque mais informações antes de contratar o serviço, e se possível que tenha orientação de um bancário ou corretor para que não seja prejudicado quando tiver que ser ressarcido", conclui Miguel.

Fonte: Contraf-CUT

TST condena Bradesco a pagar diferenças de promoções por merecimento

Considerando existir omissão do Bradesco em realizar uma avaliação de desempenho anual dos trabalhadores, a Seção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-I) do Tribunal Superior do Trabalho (TST) restabeleceu sentença que havia deferido a uma funcionária do Banco Bradesco o recebimento de diferenças salariais referentes a promoções anuais por merecimento.

O Plano de Cargos e Salário de 1990 do Bradesco havia estabelecido que os trabalhadores obteriam um avanço salarial em seu cargo, a partir de uma prévia avaliação de desempenho realizada anualmente pela empresa.

Com isso, uma trabalhadora propôs ação trabalhista alegando possuir o direito de receber diferenças salariais relacionadas a essas promoções estabelecidas no Plano de Cargos - não efetivadas justamente por omissão da empresa em não realizar as avaliações de desempenho.

O juiz de primeiro grau deferiu o pedido da trabalhadora e condenou a empresa ao pagamento das diferenças salariais decorrentes das promoções anuais. Diante disso, o Bradesco recorreu ao Tribunal Regional da 5ª Região (BA), que reformou a sentença.

Para o TRT, a omissão do empregador quanto às avaliações não levou, necessariamente, a perda do direito a uma função superior ou melhores condições salariais. Para o TRT, a avaliação não traz a certeza de que o trabalhador irá ascender funcionalmente, mas expressa mera expectativa de direito.

Inconformada, a trabalhadora recorreu ao TST. A Quarta Turma, contudo, não conheceu de seu recurso de revista. Novamente, a funcionária recorreu, agora à Seção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-I), por meio de recurso de embargos.

Ao analisar o caso, a SDI-I conheceu do recurso de embargos e concedeu o pedido da trabalhadora. Para o relator, ministro Lelio Bentes Corrêa, a empresa obrigou-se a realizar as avaliações de desempenho, uma vez que se fixou esse requisito para se conceder o avanço salarial.

O relator destacou que o gozo do direito assegurado ficou inviabilizado pela omissão do empregador, presumindo-se, então, implementada a circunstância para receber a promoção, com pertinência ao que estabelece o artigo 129 do Código Civil de 2002 - segundo qual se considera realizada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer. Para o ministro, não representa um elemento central a questão sobre a maliciosidade da empresa, pois basta a constatação de que o gozo do direito ficou obstado pela omissão da empresa.

Assim, a SDI-I, por maioria, deu provimento ao recurso de embargos da trabalhadora e restabeleceu a sentença que havia deferido as diferenças salariais decorrentes de promoções a que teria direito. (RR-125300-79.2004.5.05.0191-Fase Atual:E-ED)


Fonte: TST

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Bancário do BB é descomissionado no Rio, sofre ataque cardíaco e morre

Com quase trinta anos de trabalho no BB e perto de se aposentar, Luiz Carlos nunca esperava pelo que lhe aconteceu. De gerente administrativo da agência Assembleia, no Rio de Janeiro, foi descomissionado, perdendo a posição de segundo gestor da unidade para retornar ao cargo de escriturário. Além de uma perda salarial importante, o bancário sofreu com a humilhação de ser rebaixado. O motivo: não cumprimento de metas.

A vergonha e os muitos sentimentos negativos foram demais para o coração de 54 anos. O descomissionamento aconteceu numa quinta-feira. O fim de semana foi difícil, com um mal-estar constante. Na segunda-feira o estado de saúde de Luiz Carlos se agravou e, na terça, o bancário veio a falecer, vítima de um ataque cardíaco.

Os colegas ficaram indignados. O assédio moral imposto pelo BB acontece em todos os níveis, em função de metas de venda cada dia mais agressivas. É preciso vender cada vez mais, e os produtos a serem oferecidos são definidos por uma administração central sem considerar as especificidades de cada praça.

Em todo o país, bancários estão sofrendo com esta miopia da direção do banco e têm havido descomissionamentos e até demissões de trabalhadores que ainda estão na fase do estágio probatório. "Temos notícia de que, só este ano, dois concursados foram demitidos. Os descomissioamentos também estão se tornando cada vez mais comuns", relata Carlos Souza, representante do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

O Sindicato já mobilizou os dirigentes para tratarem do caso de Luiz Carlos. "Estamos prestando nossa solidariedade à família e aos colegas do bancário e não vamos descansar enquanto não identificarmos os responsáveis pelo descomissionamentos", informa o sindicalista.

Uma manifestação está sendo preparada para esta sexta-feira na agência de lotação do trabalhador morto e o coletivo do BB no município solicita a adesão dos trabalhadores do interior do estado. "Pedimos que todos os bancários do BB no estado vistam preto na sexta-feira, em sinal de luto pelo colega. O assédio moral e as decisões arbitrárias acontecem em todo lugar", convoca Carlos.

O sindicalista ressalta que é fundamental a mobilização dos funcionários do banco em todo o país para combater esta situação. Para o dirigente, este é o momento de intensificar a unidade dos trabalhadores do BB, a partir da indignação pela morte de Luiz Carlos.

"Só com a unidade teremos condição de pressionar o banco a dar um basta na violência organizacional que já chegou a matar um funcionário. "Ou o BB para com o assédio moral, as demissões e os descomissionamentos, ou nós paramos o BB no Rio de Janeiro", anuncia.


Fonte: Seeb Rio

Bancários entregam pauta de reivindicações à Fenaban nesta quarta-feira 11


O Comando Nacional dos Bancários entregará nesta quarta-feira 11 a pauta de reivindicações da Campanha 2010 à Fenaban. O encontro será às 11h30 na sede da Federação dos Bancos, em São Paulo.

"Os bancários estão com grande expectativa em relação às negociações deste ano, uma vez que o país está passando por um período de grande crescimento econômico e a situação dos bancos é melhor ainda, como mostram os balanços. É preciso repartir esses ganhos com a sociedade e com os trabalhadores", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

A pauta de reivindicações foi aprovada pela 12ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no Rio de Janeiro entre 23 e 25 de julho após um amplo processo democrático de discussão com a categoria. E referendada pelas assembléias dos sindicatos dos bancários de todo o país. Veja as principais reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010:

Remuneração e Previdência

- Reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real).

- Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário

- Piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88).

- Elevação do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá para o valor de um salário mínimo para cada item

- Previdência Complementar para todos os bancários

Emprego

- Mais contratações

- Ampliar a contratação de mulheres, negros e pessoas com deficiência, garantindo igualdade de oportunidades

- Garantia de emprego

- Reversão das terceirizações

- Qualificação e requalificação profissional


Saúde do Trabalhador

- Fim das metas abusivas

- Combate ao assédio moral

- Prevenção contra os riscos de adoecimentos

- Programa de Reabilitação Profissional em todos os bancos

- Promoção da saúde da mulher

- Assistência médica, hospitalar, odontológica e medicamentosa

- Manutenção de todos os direitos aos afastados por problemas de saúde


Segurança Bancária

- Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros ou extorsões

- Ampliação dos equipamento de prevenção

- Adicional de risco de vida de 30% para agências, postos e tesouraria

- Proibição de transporte de valores e guarda das chaves pelos bancários

- Estabilidade provisória para vitimas de assaltos, sequestros e extorsões


Sistema Financeiro

- Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal

- Regulamentação da remuneração dos executivos

- Democratização e ampliação do Conselho Monetário Nacional (CMN)

- Regulamentação do papel social dos bancos

- Fim dos correspondentes bancários

- Fortalecimento dos bancos públicos

Fonte: Contraf-CUT

quinta-feira, 6 de maio de 2010

FETEC e Sindicato lançam a Campanha “Menos Metas, Mais Saúde”



O assédio moral e metas abusivas são velhos conhecidos dos bancários. Os trabalhadores da categoria figuram entre os que mais sofrem com o adoecimento por transtornos mentais causados principalmente pela pressão diária para o cumprimento de metas individuais.

Opine sobre as metas em seu banco (ao lado) e comente este post (abaixo)

Para mudar essa realidade, os Sindicatos filiados à Federação dos Bancários da CUT (Fetec), estão lançando a Campanha “Menos Metas, Mais Saúde”.

Durante a Campanha, será distribuído aos bancários uma cartilha de esclarecimento sobre a questão das metas.

O movimento sindical tem por objetivo o fim das metas abusivas e proposta com embasamento nos debates, conferências, pesquisas e consultas feitas junto aos trabalhadores.

No ano de 2008, foram registrados 747,7 mil acidentes do trabalho. Na distribuição por setor de atividade econômica, o setor de serviços - onde estão incluídos os bancários - respondeu por 50% do total de acidentes do trabalho. De acordo com informação da Previdência Social, os subsetores "atividades financeiras e de seguros" responderam por 12,8% do total das doenças relacionadas com o trabalho.

Em 2009, os bancários responderam a uma consulta onde 69% dos que opinaram definiram debater as metas abusivas como demanda principal.

"O bancário hoje sofre com metas inalcançáveis e o tema é algo complexo. As metas estão diretamente relacionadas à questão do assédio moral, da saúde, da geração de emprego e da individualidade das pessoas; e que é fruto da concorrência dos bancos e das reestruturações ocorridas ao longo dos anos. Além de reivindicarmos o fim das metas abusivas, a campanha servirá como forma de denunciar os bancos, além de alertar e incentivar outras categorias que sofrem com o mesmo problema”. – comenta Paulo Santos Mendonça, presidente do Sindicato.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Itaú Unibanco discrimina e demite bancária homossexual


O Itaú Unibanco mostrou mais uma vez ter uma política de recursos humanos que discrimina e persegue os homossexuais. No último dia 26, o gerente geral da agência Campo Grande, César Ribeiro, demitiu a agente comercial Márcia Cristina Tomé Líbano, alguns meses após saber que ela tinha uma companheira. Antes, porém, chamou-a para seguidas “conversas reservadas” em que ficou clara uma absurda discriminação e invasão de privacidade. Numa delas, em dezembro do ano passado, disse ter tomado conhecimento de que a bancária tinha uma relação homossexual. Em janeiro, quis saber se, nesta relação, ela era “o homem ou a mulher”.

Márcia não respondeu, mas sentiu-se revoltada com o assédio e a intromissão em assuntos pessoais, já que ao gerente cabia, apenas, discutir questões profissionais e não às relativas à intimidade de seus subordinados. Mas a pressão não parou por aí. Ela revelou que, em março, Ribeiro a convocou para uma nova conversa em que perguntou por que Márcia movimentava valores acima do seu salário na conta corrente. Márcia questionou a atitude, mas Ribeiro afirmou que, como gerente, tinha o direito de entrar na conta da funcionária sem configurar quebra de sigilo. Márcia explicou que a conta tinha aqueles valores porque recebia depósitos de sua companheira e era usada para pagar as despesas do casal.

Mais assédio

Apesar das explicações, o gerente insinuou que “talvez” ela fosse “convocada pela Inspetoria do banco” para esclarecer os motivos da movimentação, o que se confirmou no início de abril. À Inspetoria Márcia deu as mesmas explicações e recebeu a informação de que o gerente tinha o direito de ter acesso à conta do funcionário, caso ele estivesse endividado, o que não era o caso. A Inspetoria acrescentou que foi o próprio Ribeiro quem pediu a convocação da bancária.

Mais uma vez Márcia passou pelo constrangimento de ter de falar sobre sua relação pessoal a um estranho para explicar a movimentação da conta. A Inspetoria pediu que ela escrevesse uma carta relatando o caso para ser encaminhada ao superintendente da região, Wagner Dionísio. Era uma quinta-feira, 1º de abril. Nada ficou provado contra ela. Mesmo assim, no dia 26, Márcia foi demitida sumariamente. O comunicado de dispensa não trouxe o motivo. O gerente alegou ter sido por “contenção de despesa”.

Revolta na agência

Mais uma prova de que o Itaú Unibanco agiu de forma discriminatória ao demitir a bancária, foi que a resposta ao pedido feito por Márcia de inclusão de sua companheira no plano de saúde foi sendo postergada, com solicitações de envio de cada vez mais documentos, até ela ser desligada do banco.

A demissão de Márcia causou comoção em toda a agência, pela truculência e o desrespeito e porque ela era muito querida por todos. Causou mais revolta, ainda, porque foi imposta por um gerente acusado de assediar os funcionários, inclusive, as mulheres, sexualmente. Cesar Ribeiro chegou a instituir o prêmio destaque do mês que consistia em um almoço com ele. Em um caso emblemático de desumanidade, proibiu que qualquer um da agência acompanhasse ao hospital o bancário Patrick José, que estava enfartando devido às seguidas cobranças do gerente.

Sindicato exige reintegração

Para o Sindicato, este caso é uma comprovação da homofobia, que é crime, por parte do Itaú Unibanco. “Vamos exigir o cancelamento da demissão. Não dá para admitir que o Itaú faça discurso de que possui compromisso social e tenha capatazes que tratam bancários e bancárias desta maneira”, afirmou o diretor do Sindicato Ronald Carvalhosa. E avisou: “Ou reintegra a bancária ou ficará claro que a homofobia deste gerente é uma política institucional da empresa”.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

sexta-feira, 9 de abril de 2010

BB/Nossa Caixa: cliente ameaça funcionário e PM é chamada

Irresponsavelmente a direção do Banco do Brasil cancelou sem prévio aviso o limite de cheque especial de clientes da Nossa Caixa que possuem qualquer tipo de restrição. Além de desrespeitar o cliente, deixou o funcionário do banco à mercê de injúrias e xingamentos.

Ontem, 08, quinto dia útil, os funcionários da agência da Nossa Caixa de Franco da Rocha passaram o dia à beira de um ataque de nervos, pois além do quadro estar com uma defasagem de aproximadamente dez funcionários, o que os obrigou a trabalharem em condições precárias, ainda foram obrigados a suportar todos os tipos de reclamações e xingamentos dos clientes em virtude das mudanças que o BB impôs unilateralmente. À tarde, após o encerramento do expediente, a agência ainda estava lotada de clientes portadores se senha para serem atendidos. Foi neste momento que um cliente foi à gerência inconformado com o fato de ter ficado sem salário, em virtude de seu limite de cheque especial ter sido cancelado e seu dinheiro ser usado para cobrir o saldo negativo. Ao ser informado que não havia solução para seu problema, iniciou uma sessão de impropérios e xingamentos, dizendo que só sairia da agência com seu problema resolvido. Diante do impasse, foi sugerido que ligasse para a ouvidoria, no entanto fez questão de fazê-lo da mesa da gerente. Ao ver que não estava tendo êxito em sua reclamação, ameaçou agredir um funcionário que tentava lhe explicar que ninguém tinha alçada para resolver seu problema. Como já passavam das 18hs e o impasse continuava com o cliente visivelmente transtornado, pondo em risco a integridade física dos funcionários, a polícia foi chamada e só retirou o agressor às 19hs.

Segundo o diretor do Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região e funcionário da Nossa Caixa, Álvaro Pires da Silva, “o que o Banco do Brasil está fazendo com clientes e funcionários é uma verdadeira barbárie. Além de ceifar direitos e benefícios dos funcionários, como a Gratificação Variável, anuênio e tantos outros, desrespeita clientes que mantinham negócio com a Nossa Caixa há anos. A covardia do banco parece não ter limite pois, segundo informações, foi “pedido” em algumas reuniões que os funcionários não externassem aos clientes que os problemas por que passam são conseqüências da nova administração do Banco do Brasil! Lamentavelmente o funcionário acaba ficando refém da política de uma administração desvairada, caótica e inconseqüente do banco”, finaliza Álvaro.

Fonte: www.bancariosjundiai.com.br

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bradesco responde no TST por assédio moral

O Bradesco não conseguiu fugir de uma ação por assédio moral movida por um ex-funcionário que cuidava do transporte de valores entre agências. O banco tentou barrar o andamento do processo alegando que o trabalhador demorou para ajuizar a reclamação.

O argumento foi inicialmente aceito pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT/BA), mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reformou a decisão e determinou que o TRT/BA julgue a questão. Os fatos reclamados pelo trabalhador ocorreram em 2003 e o ajuizamento do processo foi realizado em 2007.

Segundo o presidente da Sexta Turma e relator do caso no TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, o prazo para reclamações de natureza de assédio moral é de cinco anos durante o curso do contrato e de dois anos após o término da relação de emprego. No processo em discussão, o contrato de trabalho não foi extinto e sim suspenso, pois o trabalhador foi aposentado em 2004 por invalidez.

Assim, como o período entre a confirmação da incapacidade para o trabalho e o ajuizamento da ação se deu em um período inferior a cinco anos, “o ajuizamento está dentro do quinquênio previsto na Constituição”, conclui o relator.



Fonte: SEEB/SP

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

FETEC SP protocola denúncia contra Bradesco na Superintendência do INSS

A FETEC/CUT-SP entregou, oficialmente, nesta quarta-feira (24), à Superintendência do Instituto de Seguridade Social em São Paulo-SP, denúncia contra o Bradesco, por conta de práticas discriminatórias envolvendo funcionários acometidos por LERs/Dort.

Conforme denúncias, o banco lista os trabalhadores afastados por motivo da doença para posterior demissão. O caso é objeto de ação civil pública promovida pelo Ministério Público do Trabalho da 2ª Região em São Paulo, inclusive com indicação para que os efeitos da decisão sejam aplicados em nível nacional, uma vez que existem denúncias de práticas semelhantes por todo o país.
Segundo depoimentos colhidos durante a investigação, a instituição financeira estaria pedindo aos empregados que solicitem alta no INSS e, posteriormente, os dispensaria sob a alegação de que seria mais benéfico ao trabalhador diante da possibilidade do recebimento do FGTS e da multa fundiária.
Embora a juíza da 82ª Vara do Trabalho de SP tenha se declarado como incompetente para o julgamento, houve recurso ordinário por parte do Bradesco, motivo pelo qual o processo foi distribuído para a 2ª Turma do TRT da 2ª região, onde aguarda decisão.
Para a FETEC/CUT-SP, existem inúmeras evidências de que a prática, considerada criminosa pela entidade, esteja ocorrendo em várias regiões do país. “Tudo indica que sejam irregularidades atrás de irregularidades, pois, além de fazer os funcionários adoecerem, o Bradesco estaria se valendo de artimanhas para lesar bens públicos, na tentativa de se eximir de culpa”, afirma Crislaine Bertazzi, diretora de Saúde da FETEC SP.
Diante dos prováveis desrespeitos aos trabalhadores lesionados, a FETEC SP protocolou cópia do processo judicial contra o Bradesco na Superintendência do INSS, que se comprometeu em estudar a melhor forma de encaminhar a denúncia.
Paralelamente, a FETEC SP, juntamente com os seus sindicatos e a Contraf/CUT, analisarão os próximos encaminhamentos, de maneira com que a verdade venha à tona, seja punida se for o caso e, sobretudo, garantidos o respeito e os direitos dos trabalhadores.

Lucimar Cruz Beraldo

Fonte: FETEC/CUT

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

HSBC adere e todos os grandes bancos já têm licença-maternidade de 180 dias

Após mobilização da Contraf-CUT e das entidades sindicais, o HSBC divulgou nesta quarta-feira, 17, sua adesão ao Programa Empresa Cidadã, garantindo às suas funcionárias a ampliação da licença-maternidade para 180 dias. O banco inglês foi a última grande instituição financeira em atividade no país a aderir ao programa.

O HSBC informou que as bancárias que retornaram ao trabalho a partir de 1º de janeiro de 2010, após ter completado 120 dias da licença-maternidade, poderão usufruir os 60 dias de prorrogação mesmo que já estejam trabalhando.

"A ampliação da licença-maternidade é uma conquista importante das bancárias do HSBC e que beneficiará principalmente as crianças, que receberão cuidados mais adequados nesse momento crucial", avalia Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC. "A adesão do banco é um passo importante para a consolidação desse direito", conclui.

A ampliação é conquista da campanha nacional da categoria do ano passado que foi marcada pela forte mobilização dos trabalhadores, intensas negociações e pela greve de 15 dias nas instituições financeiras privadas, no Banco do Brasil e na Nossa Caixa, além dos 28 dias na Caixa Econômica Federal.

"O anúncio do HSBC representa a consolidação dessa conquista tão importante para as trabalhadoras, que é fruto de uma intensa luta durante a Campanha Nacional dos Bancários em 2009", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. "Vamos manter essa garra e buscar novas vitórias para a categoria".

Fonte: Contraf/CUT

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CARNAVAL E NOITE JAPONESA NA AABB

Carnaval

Dia 13/02, a partir das 22 horas, haverá o Carnaval Familiar no Clube de Campo da AABB em Jundiaí.

Ingressos: 5 reais para sócios e 10 reais para não sócios (somente homens pagam - mulheres e criancas grátis);

Noite Japonesa

Dia 19/2, a partir das 20 horas, haverá a noite japonesa com delicias da cozinha oriental

Valor: Casal, 70 reais / individual 40 reais (bebidas à parte).


Maiores informações: Roberto Oda (9624-5615)

Associação Atlética Banco do Brasil (AABB)

Av. Navarro de Andrade, 3401

Parque Centenário

Jundiaí - SP

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Audiência Pública sobre demissões no Santander



A reunião aconteceu na última quinta 5, na Comissão de Legislação Participativa, em Brasília. O comentário é de Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Bancárias do Itaú Unibanco já têm licença-maternidade de 180 dias

O Itaú Unibanco anunciou que está aderindo ao Programa Empresa Cidadã nesta sexta-feira 29 de janeiro, o que garante a prorrogação da licença-maternidade para 180 dias de suas funcionárias em todo o país. "Essa foi uma conquista importante da mobilização da campanha nacional dos bancários de 2009. Esperamos que todos os bancos façam a adesão ao programa o mais breve possível", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. Além do Itaú Unibanco, aderiram ao programa Banco do Brasil, Nossa Caixa, Caixa Federal, VR, ING, Intercap, Industrial, Rendimento, Daycoval, Pine, Merril Lynch, Cruzeiro do Sul, Cacique e BES.

No comunicado que divulgou a seus trabalhadores, o Itaú Unibanco informou que as bancárias que retornaram ao trabalho a partir de 25 de dezembro de 2009, após ter completado 120 dias da licença-maternidade, e tinham enviado carta solicitando a ampliação para 180 dias, poderão gozar mais dois meses a partir de 1º de fevereiro próximo, independentemente se estiverem trabalhando ou em férias. As empregadas que estiverem em férias, terão o período interrompido para iniciar a prorrogação da licença-maternidade e imediatamente após o fim da extensão de 60 dias, será iniciada a contagem dos dias restantes das férias.

O banco também comunicou que as funcionárias que estavam de licença-maternidade até 24 de dezembro passado e ainda não tinham solicitado por carta a ampliação, poderão fazer isso até 21 de fevereiro. Após essa data, somente serão aceitas as solicitações de prorrogação da licença que atenderem ao prazo estipulado pela Lei 11.770/08, de até um mês após o parto. Todas essas informações valem também para a ampliação da licença nos casos de adoção.

A Contraf-CUT está enviando ofício ao Itaú Unibanco solicitando que o direito à prorrogação da licença-maternidade seja garantido também para as bancárias que haviam feito a solicitação até um mês após o parto a partir do dia 10 de outubro de 2009, data da assinatura da Convenção Coletiva da categoria - conforme estipula o acordo assinado pelo banco.

Fonte: Contraf/CUT

Bradesco adere ao Programa Empresa Cidadã e amplia licença-maternidade

O Bradesco comunicou à Contraf-CUT nesta quarta-feira, 3, que irá aderir ao Programa Empresa Cidadã e garantir às suas funcionárias a ampliação da licença-maternidade para 180 dias. A decisão do banco foi informada em resposta ao ofício enviado pela Confederação à Fenaban e aos bancos privados, solicitando sua adesão imediata ao programa, a exemplo do que já foi anunciado pelo Itaú Unibanco na última sexta-feira, dia 29 de janeiro.

Com isso, o Bradesco também se junta ao Banco do Brasil, Nossa Caixa, Caixa Econômica Federal, Banrisul, VR, ING, Intercap, Industrial, Rendimento, Daycoval, Pine, Merril Lynch, Cruzeiro do Sul, Cacique e BES, que já aderiram ao programa. "É uma notícia muito importante para as bancárias do Bradesco e para seus filhos. A ampliação da licença-maternidade foi uma conquista importante da mobilização da campanha nacional dos bancários de 2009. Vamos continuar atentos até que todos os bancos façam a adesão ao programa", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

A ampliação é válida para todas as funcionárias. O Bradesco informou que as bancárias que retornaram ao trabalho a partir de 1º de janeiro de 2010, após ter completado 120 dias da licença-maternidade, e tinham enviado carta solicitando a ampliação para 180 dias, será concedida a prorrogação de 60 dias a partir de 4 de fevereiro. Caso as funcionárias estejam em férias, a prorrogação será concedida imediatamente após o retorno ao trabalho.

Além da Fenaban e do Bradesco, a Contraf-CUT também remeteu cartas aos demais bancos privados que ainda não aderiram ao Programa Empresa Cidadã, como o HSBC, Santander, Mercantil do Brasil, Safra e Citibank, dentre outros.

Fonte: Contraf-CUT

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Lucro do Bradesco de R$ 8,012 bilhões em 2009 garante PLR cheia


Primeiro grande banco a divulgar o balanço de 2009, o Bradesco apresentou lucro líquido de R$ 8,012 bilhões, crescimento de 5,1% em relação aos R$ 7,625 bilhões do ano passado. Assim, os funcionários devem receber o teto da PLR, de 2,2 salários (descontada a primeira parcela paga em outubro passado, de 54% do salário mais R$ 614). O valor adicional da PLR será de R$ 2.100 (descontados os R$ 1.050 já pagos em outubro), que representa o teto da regra dos 2% do lucro líquido.

"Esse resultado indica que os bancários estavam certos ao lutar pela alteração na regra do adicional da PLR", afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, lembrando que até 2008 o adicional era pago de acordo com o crescimento do lucro.

"Apostamos na mudança para um valor perene, de 2% do lucro líquido independente da variação desse indicador, porque sabíamos que esses resultados já são muitos altos, devendo se manter num patamar próximo no médio prazo", compelta.

O presidente do Sindicato recorda que em 2009 os banqueiros queriam, inclusive, reduzir o valor da PLR. "Mas os bancários foram à greve e pelo sexto ano seguido garantiram, além do aumento real de salário, melhorias na PLR com essa alteração da regra. Foi mais uma vitória da união entre os empregados dos bancos privados e públicos de todo o Brasil", completa Marcolino.

"Como o banco já divulgou o balanço, pode pagar imediatamente esses valores aos bancários. Vamos entrar em contato com a direção do Bradesco para que antecipe a distribuição da PLR e não aguarde o prazo limite de 1º de março", ressalta Marcolino.

Balanço

O Bradesco informou em seu balanço, divulgado nesta quinta-feira, dia 28, que mantém uma rede de atendimento de 3.454 agências tradicionais, 1.190 PABs, e 1.371 PAAs em todos os municípios do país, além de 30.657 máquinas de autoatendimento.

O lucro, de R$ 8,012 bilhões, é o terceiro maior da última década, de acordo com a consultoria Economática. O levantamento, feito com base em informações prestadas pelo banco à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em valores nominais (sem ajuste por inflação), coloca Banco do Brasil como o primeiro da década, com R$ 8,803 bilhões em 2008, e o Itaú em segundo, com lucro R$ 8,474 bilhões em 2007.

A lista, no entanto, pode ser alterada já que esses dois bancos ainda não divulgaram seus lucros em 2009.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo