domingo, 10 de outubro de 2010

Apesar de nova proposta, greve continua nesta segunda feira (11/10)

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou ao Comando Nacional dos Bancários neste sábado (9/10), nova proposta que inclui reajuste de 9,82% para o piso salarial, 6,5% de reajuste para quem ganha até R$ 4.100 (e um valor fixo de R$ 266,50 para os salários superiores a esse valor). Propôs também 6,5% de reajuste para a PLR e todas as verbas salariais e auxílios.

Para o Comando Nacional, é inaceitável o teto de R$ 4.100. Isso significa que quem ganha acima de R$ 6.212 terá reajuste abaixo da inflação do período. O Comando considera insuficiente o índice de reajuste do piso da categoria em 9,82% e considera muito rebaixado índice de reajuste de 6,5% sobre a PLR, pois é preciso que os bancos aumentem a distribuição da PLR em relação ao ano passado, mediante a alta lucratividade dos bancos.

A Fenaban pediu a suspensão temporária das negociações e a retomada ficou agendada para segunda-feira, dia 11, às 11h, e se sinalizaram que apresentarão proposta sobre assédio moral e segurança bancária.

A greve continuará nesta segunda-feira em toda região de Jundiaí e a tendência é de que outras agências venham a aderir. A greve dos bancários já é considerada uma das maiores das última duas décadas.

Protesto contra pedido de prisão de dirigentes

O Comando Nacional fez um protesto veemente à Fenaban contra a postura do Itaú de solicitar a prisão do presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília. Rodrigo Britto é membro do Comando Nacional. Outros bancos estão fazendo a mesma coisa contra dirigentes sindicais e trabalhadores em greve em vários Estados. O Comando disse que a prática antissindical é inaceitável em uma sociedade democrática onde o direito de greve está assegurado na Constituição.

Negociações nos bancos públicos federais

Devido as negociações com a Fenaban na segunda-feira, às 11h, as reuniões sobre as pautas específicas do Banco do Brasil e da Caixa não acontecerão mais às 10h. Serão realizadas ao final das negociações com a Fenaban.

A nova proposta da Fenaban

Novo piso salarial: R$ 1.180 (reajuste de 9,82%)
Reajuste de salários: 6,5% até R$ 4.100.
Reajuste para salários acima de R$ 4.100: R$ 266,50 fixos.
PLR: reajuste de 6,5%, tanto para a regra básica quanto para o adicional.
Reajuste dos benefícios e verbas salariais: 6,5%.


Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região com informações da Contraf-CUT

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sexto dia de greve em Jundiaí tem novas adesões

No sexto dia de greve da categoria, houve a ampliação do movimento com a adesão de novas agências do Itaú, HSBC e Citibank. Portanto, já são mais de cincoenta agências paralisadas em toda a região de Jundiaí. A greve continua forte, destacando o BB e Caixa, onde praticamente 100% dos funcionários cruzaram os braços.

Algumas agências do Itaú reabriram, fruto da intransigência dos banqueiros que apelam para medidas jurídicas para atrapalhar o movimento. Apesar deste fato, os funcionários destes bancos estão conscientes de que a paralisação poderá retornar a qualquer momento.

“A greve está se expandindo e é possível que chegue a paralisar todas as agências em algumas cidades. Em toda a região, a greve já tem adesão de aproximadamente 1.000 bancários”. – comenta Paulo Santos Mendonça, presidente do Sindicato.

Até sexta-feira (01/10), já eram quase 6.500 agências paralisadas em todo o país. Foram fechadas agências nos 26 Estados e no Distrito Federal, além de dezenas de centros administrativos de todos os bancos nas capitais.



O que os bancários reivindicam


● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região