segunda-feira, 28 de março de 2011

Metas abusivas na mira dos bancários

O combate às metas abusivas é agora a prioridade dos bancários. Em reunião da mesa temática de Saúde realizada nesta sexta-feira, 25/3, com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os representantes dos trabalhadores exigiram participar das estipulações e da aferição das metas. Ainda, os bancários defenderam que essas sejam coletivas e definidas de acordo com a realidade do departamento ou da agência e que os caixas não devem ser submetidos a elas.

"A categoria bancária é uma das que mais sofre com LER/Dort e problemas de saúde causados por stress. E a causa disso é, principalmente, a pressão e o ritmo intenso de trabalho justamente para alcançar metas cada vez mais altas e difíceis de serem atingidas", explica Crislaine Bertazzi, diretora de Saúde da Fetec-CUT/SP.

Recentemente, os bancários conquistaram o acordo histórico contra o assédio moral, outro problema que muitas vezes é decorrência das metas abusivas. Agora, os bancários querem ampliar seus direitos e cortar o mal pela raiz.

Apesar de terem sinalizado na negociação da Campanha Nacional 2010 que aceitariam debater o problema das metas, os bancos agora alegam que isso é política de cada instituição e que eles têm o direito de geri-las de acordo com suas conveniências. "A Fenaban se recusa a discutir um assunto que está em pauta desde 2009 e que está sempre presente nas reuniões que fazemos, por afetar diretamente na saúde do bancário. Mas, da mesma forma como agimos na questão do assédio moral, vamos tratar agora das metas", afirma Crislaine.

Calendário - A próxima reunião da mesa temática será marcada no início do mês de maio e discutirá o Programa de Reabilitação Profissional. Em 2009, os bancários conquistaram a cláusula 41ª que trata da reabilitação. Entretanto, a cláusula não obriga os bancos, nem tampouco estabelece que caso a empresa queira aderir ao programa deva assinar algum instrumento com os sindicatos e o que acontece na prática é que as instituições, apesar de afirmarem que já implantaram o programa, não dão muitas informações sobre seu funcionamento.

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