quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bancos rejeitam os 11% e oferecem apenas 4,29%.


A Fenaban rejeitou nesta quinta-feira (22/09) a pauta de reivindicações da Campanha Nacional dos Bancários 2010, oferecendo reajuste de 4,29%, que corresponde apenas a reposição da inflação dos últimos 12 meses pelo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). O Comando Nacional considerou a proposta um desrespeito aos bancários.

“Com o crescimento da economia e a alta lucratividade dos bancos no primeiro semestre, concluímos que a proposta oferecida é simplesmente indecente, pois repõe apenas a inflação do período.” – comenta Paulo Santos Mendonça, presidente do Sindicato.

Os representantes dos bancos voltaram a reafirmar na negociação desta quarta-feira que "o reajuste salarial de 11% é exageradamente alto". Tal comentário já havia sido dito por Magnus Apostólico, dirigente da Fenaban, em jornal de grande circulação.

O Comando Nacional reafirmou que além das reivindicações das cláusulas econômicas (aumento real de salário, melhoria na PLR e valorização dos pisos), os bancários reivindicam melhores condições de trabalho e preservação da saúde, fim das metas abusivas e do assédio moral, além de medidas que preservem o emprego.

O Comando Nacional enviará à Fenaban documento reafirmando a pauta de reivindicações da categoria, dando prazo até a segunda-feira (27/09) para apresentação de nova proposta.

O Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região realizará assembléia no próximo dia 28 de setembro, para discussão da proposta oferecida e sobre os rumos da Campanha Nacional. Há possibilidade de greve já para o dia 29 de setembro, conforme orientação do Comando Nacional.


O que os bancários reivindicam

As principais demandas dos bancários são:

● 11% de reajuste salarial.

● Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.

● PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.

● Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.

● Previdência complementar em todos os bancos.

● Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.

● Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas e fim das terceirizações.

● Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.

● Planos de carreira, cargos e salários (PCCS) em todos os bancos.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Jundiaí e Região, com informações da Contraf/CUT e Fetec/CUT-SP

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