A Caixa Econômica Federal manteve a posição intransigente das últimas reuniões e não apresentou nenhuma novidade na negociação com o Comando Nacional dos Bancários nesta quinta-feira, 23, em São Paulo. O banco apresentou um documento, afirmando que irá cumprir os itens econômicos da Fenaban e propondo a renovação de algumas cláusulas do atual Acordo Coletivo.
"A proposta está muito aquém do esperado pelos empregados da Caixa. Há várias questões específicas que não estão contempladas, como a questão do piso, que também está na mesa com a Fenaban, questões de isonomia, especificamente licença-prêmio e anuênio, pontos relativos ao PFG, como a discriminação aos empregados que optaram por permanecer no REG/Replan não saldado, o processo de promoção por mérito do ano passado e o ticket dos aposentados", afirma Jair Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que assessora o Comando nas negociações com o banco.
Sobre estes pontos, o banco voltou a se negar a discutir os temas relativos à isonomia, afirmando que irá acompanhar as decisões do governo federal e seguir a legislação em discussão no Congresso Nacional. Os negociadores da Caixa também mantiveram sua intransigência e reafirmaram a manutenção da discriminação dos empregados que permanecem no REG/Replan não saldado.
"Estes pontos são importantes para os empregados e o banco não está dando o devido valor. A Caixa parece estar apostando no confronto com a categoria, empurrando os bancários para a greve. É o momento de mostrar nossa força com uma mobilização intensa em todo o país", afirma Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
Também presente à negociação, o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional, Carlos Cordeiro, cobrou do banco mudança na sua postura e que trabalhe para a construção de uma proposta satisfatória na mesa unificada com a Fenaban.
"Os bancos desrespeitaram os bancários na negociação de quarta-feira, 22, ao não apresentarem proposta de reajuste acima da inflação. A Caixa tem um peso importante na Fenaban e têm como fazer a mesa andar. Até dia 27, os bancos podem apresentar nova proposta, mas, se não vier, estamos preparados para deflagrar nas assembleias do dia 28 uma greve nacional a partir do dia 29 ainda mais forte que a dos anos anteriores", finaliza.
Fonte: Contraf-CUT
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